Mil milhões de dólares da Azule Energy no gás

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Os contratos visam a construção de uma plataforma offshore de produção de gás, no campo Maboqueiro, e de uma onshore de tratamento de gás, no campo de Quiluma, em projectos consignados às empresas Saipem e o Grupo Antonini, gerando, quando concluídos, uma produção de 330 milhões de metros cúbicos por dia, ou quatro mil milhões de metros cúbicos por ano.

A construção das plataformas Maboqueiro e Quiluma, com duração de quatro anos, inclui duas plataformas offshore de cabeça de poço, uma unidade de processamento de gás onshore e uma ligação à unidade de Angola LNG para a comercialização de condensados e gás, com o carregamento de gás natural liquefeito, devendo a primeira exploração acontecer em 2026.

A par da construção dessas plataformas, a Azule Energy assinou um contrato com a Baker Hughes para o fornecimento de três turbinas compressoras de tipo Novo LT16, cada com uma capacidade de 16 megawatts, para garantir o funcionamento normal daquele que é o primeiro projecto de desenvolvimento de gás não associado em Angola.

Na operação, a Azule Energy, como operadora principal, detém uma participação de 37,4 por cento, Cabgoc (31 por cento), Sonangol Pesquisa & Produção (19,8 por cento) e TotalEnergies (11,8 por cento).

O presidente do Conselho de Administração da Azule Energy, Adriano Mongini, disse que assinatura de contrato de adjudicação de construção das plataformas de gás não associado representa um marco importante para o desenvolvimento do sector energético em Angola, tendo referido que a ambição do consórcio é tornar-se líder no negócio de gás.

Declarou que a Azule Energy tem o compromisso de reforçar o seu papel em Angola como produtor e exportador global de gás, porque, disse, a ambição daquela  organização é assumir uma parceria estratégica com o país, para a diversificação de matriz energética. 

Matriz energética

O secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Alexandre Barroso, afirmou que o investimento na exploração e produção de gás não associado representa, para o Governo, um marco importante.

“O Executivo acredita que o gás é importante, porque é uma matriz energética nacional e internacional. No caso de Angola, pensamos que o desenvolvimento de recursos de gás vai trazer mais-valia económica”, disse.

José Alexandre Barroso acrescentou que Angola projecta “incorporar cada vez mais energias limpas na nossa matriz, cuidando do ambiente”, e que o gás pode sustentar a indústria nacional no domínio da petroquímica, produção de energia, alimentos e projectos siderúrgicos que estão a ser executados no Sul do país.

A Azule Energy é uma joint venture que se junta aos negócios da BP e Eni, desde 1 de Agosto de 2022, sendo, agora, o maior produtor de petróleo e gás de Angola, com 200 mil barris por dia e previsões de aumentar a quota de produção para 250 mil barris, nos próximos cinco anos.

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